quinta-feira, 12 de junho de 2014

Sobre a Copa do Mundo 1994

Em 1994, quando a Seleção Brasileira ganhou o seu quarto título mundial  nos Estados Unidos, eu era Presidente da Câmara dos Deputados, cargo que muito me honrou e foi, sem dúvida, um marco em minha trajetória política. A fotografia que estou postando hoje é um registro da visita da Seleção Canarinho à Câmara, logo após conquistar o cobiçado troféu, naquela Copa do Mundo que vai ser sempre lembrada como uma das mais importantes na história do nosso futebol.
O capitão Dunga e o Deputado Inocêncio Oliveira com a Taça Fifa
Chegamos aos Estados Unidos sem nenhum favoritismo,  completamente desacreditados e sofrendo a dor causada pela da morte recente de Ayrton Senna. Conseguimos a vaga para o torneio no último jogo da fase eliminatória, contra o Uruguai, e precisando desesperadamente da vitória. Romário marcou dois belos gols na segunda metade do segundo tempo e evitou que, pela primeira vez, ficássemos  fora  de uma Copa da Fifa.
No percurso até a partida final,  nossos jogadores mostraram equilíbrio e tranquilidade e foram, jogo a jogo, fazendo ressurgir a confiança e a paixão da torcida brasileira - uma conquista tão importante quanto a própria taça. 
Diante da também tricampeã Itália, em jogo tenso, pela primeira vez uma Copa foi decidida nos pênaltis. As duas primeiras cobranças foram desperdiçadas. O primeiro a bater foi o capitão Baresi, da Itália, e chutou para fora. Pelo Brasil,  o zagueiro Márcio Santos chutou em cima do goleiro Pagliuca que não teve dificuldades na defesa. Em seguida, Albertini e Evani converteram para a Itália, e Romário e Branco converteram para o Brasil. Massaro cobrou para a Itália e Tafarel defendeu. Dunga cobrou e fez um belo gol deixando o Brasil em vantagem. Com o placar de 3 a 2 favorável ao Brasil e faltando uma cobrança para cada lado, foi a vez de Roberto Baggio cobrar e chutar para fora, por cima do travessão. Ele ficou imóvel, enquanto os brasileiros festejavam em êxtase após  24 longos anos de jejum. Oito anos depois ganhamos a Copa do Mundo realizada no Japão e Korea do Sul e nos tornamos pentacampeões. 
Dentro de poucas horas a Seleção Brasileira entrará em campo, abrindo a Copa do Mundo Fifa do Brasil 2014. Que todos tenham tranquilidade para superar os obstáculos do caminho e que o talento de cada um se converta em gols para que tenhamos, pela sexta vez, uma grande e maravilhosa festa  verde e amarela.




terça-feira, 3 de junho de 2014

Decálogo Ecológico de Padre Cícero

Lançamento da publicação "Desafios à Convivência com a Seca"
Lançamento da publicação "Desafios à Convivência com a Seca"

Lançamento da publicação "Desafios à Convivência com a Seca"
Lançamento da publicação "Desafios à Convivência com a Seca"


1- Não derrube o mato nem mesmo um pé de pau.


2- Não toque fogo no roçado nem na caatinga.


Lançamento da publicação "Desafios à Convivência com a Seca"
Lançamento da publicação "Desafios à Convivência com a Seca"

3- Não cace mais e deixe os bichos viverem.


4- Não crie o boi nem o bode soltos; faça cercados e deixe o pasto descansar para se refazer.


Lançamento da publicação "Desafios à Convivência com a Seca"
Lançamento da publicação "Desafios à Convivência com a Seca"

5- Não plante em serra acima nem faça roçado em ladeira muito em pé; deixe o mato protegendo a terra para que a água não arraste e não se perca a sua riqueza.



Lançamento da publicação "Desafios à Convivência com a Seca"
Lançamento da publicação "Desafios à Convivência com a Seca"

6- Faça uma cisterna no oitão de sua casa para guardar água da chuva.


7- Represe os riachos de cem em cem metros, ainda que seja com pedra solta.

Lançamento da publicação "Desafios à Convivência com a Seca"
Lançamento da publicação "Desafios à Convivência com a Seca"

8- Plante cada dia pelo menos um pé de algaroba, de caju, de sabiá ou outra árvore qualquer, até que o sertão todo seja uma mata só.



9- Aprenda a tirar proveitos das plantas da Caatinga, como a maniçoba, a favela e a jurema; elas podem ajudar a conviver com a seca.



 10- Se o sertanejo obedecer a estes preceitos, a seca vai aos poucos se acabando e o povo terá o que comer. Mas se não obedecer, dentro de pouco tempo o sertão todo vai virar um deserto só.

Padre Cícero - 1844 - 1934

Lançamento da Publicação Desafios à Convivência com a Seca


Na tarde desta terça-feira, 03 de junho, tive a honra de presidir o lançamento da publicação "Desafios à Convivência com a Seca", solenidade que aconteceu às 15h, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, mais uma grande contribuição do Centro de Estudos e Debates Estratégicos para os trabalhos desta Casa Legislativa. O trabalho apresentado constitui uma compilação dos debates promovidos pelo CEDES, como preparação  para a Comissão Geral constituída em 8 de maio de 2013, no Plenário da Câmara dos deputados, para discutir as estratégias voltadas para a convivência com a seca. Abrange, também, os debates ocorridos na própria Comissão Geral.
Após debater as alternativas existentes para o combate dos efeitos da seca que, periodicamente atinge o Nordeste brasileiro, o CEDES entendeu prioritárias as seguintes medidas:

 Propostas de adoção de providências voltadas para a facilitação da convivência com a seca:

- capacitação e retenção de água para a produção, abastecimento humano e das criações, mediante a construção de adutoras, poços artesianos, poços profundos, barragens, açudes e cisternas;

- incorporação de novas tecnologias de convivência com a seca: irrigação por gotejamento, introdução de plantas geneticamente modificadas e mais tolerantes à seca, para a convivência com o Semiárido, conforme indicação da Embrapa;
- cultivo de plantas xerófilas, palma forrageira e capim buffel para alimentação do rebanho;
-construção de silos para armazenamento de ração animal; e
- criação de animais adaptados ao Semiárido, como caprinos e ovinos deslanados.


Propostas de aproveitamento dos recursos naturais da região:

- adoção do manejo sustentável para a produção de lenha (30% da energia do Nordeste provêm desta fonte); e
-promoção de incentivos à produção de formas alternativas de energia: eólica, solar, biomassas e outras.






Portanto devemos evitar as políticas paliativas e fazer a política de convivência do homem com a seca, pois embora o problema do Nordeste seja a água, fornecer somente água não resolve. O homem não vai acabar com os longos períodos de estiagem, que são um fenômeno natural. Portanto, deve-se pensar na sua convivência com esse flagelo.




Segunda, 02 de junho


Nesta segunda-feira, dia 02 de junho, por ser a semana que antecede a Copa do Mundo de Futebol, tivemos Sessão Deliberativa Ordinária e Extraordinária na Câmara dos Deputados, para compensar os dias de jogos da Seleção Brasileira, quando não haverá expediente no Serviço Público.