quinta-feira, 13 de março de 2014

Sessão Não Deliberativa de Debates - 13/03/2014

Hoje à tarde, além de despachar com meus assessores, participei da Sessão Ordinária, presidi  boa parte dela e fiz um discurso ressaltando o descompasso que existe no Brasil entre a inclusão digital  e a inclusão de serviços básicos essenciais à população. A seguir, dois trechos do meu pronunciamento:
"Há 25 anos, em março de 1989, a sigla www veio à luz no mundo da informática, ao ser adotada pelo pesquisador britânico Berners Lee em artigo publicado numa revista científica da Suíça. O evento é emblemático como prenúncio dos novos tempos. A sigla em inglês – World Wide Web – pode ser entendida, numa tradução livre, como O mundo largo na tela, ou O mundo amplo na tela."
"A inclusão digital avança a passos largos em descompasso com a inclusão de serviços básicos essenciais à população, tais como a saúde, educação, infraestrutura e saneamento básico. É mais fácil acessar os canais dos satélites de comunicação que desfrutar os benefícios das tubulações do esgotamento sanitário. Isto traduz em boa medida a natureza dos investimentos públicos e privados. Os setores de tecnologia são movidos por recursos da iniciativa privada, oriundos ou não de financiamentos governamentais. Os empreendimentos em infraestrutura dependem basicamente de investimentos públicos. Parcerias público-privadas são bem-vindas para desvencilhar-se de entraves burocráticas e destravar a roda da economia.
O segmento das novas tecnologias tem sua própria dinâmica empresarial. Para investir, gerar prosperidade e empregos, precisa de um ambiente econômico saudável, menos burocracia e menos impostos, como as demais atividades produtivas, e regulação do mercado na defesa da sociedade e dos consumidores. A qualidade dos serviços,  na telefonia móvel e Internet, está aquém dos padrões de boa qualidade e cabe ao Governo exercer seus instrumentos de fiscalização e controle. As tarifas são exorbitantes."

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