Entre as várias perdas de personalidades políticas que o Brasil pranteou, nenhuma se iguala a do meu inesquecível amigo Luís Eduardo Magalhães. O impacto dessa morte foi devastador, não só porque ele era um homem muito jovem, mas, sobretudo, por ser ele um expoente no cenário político brasileiro. Foi o mais importante líder da sua geração, responsável pelas grandes mudanças que o Brasil teve em sua época, todas as grandes reformas políticas passaram por suas mãos. Acreditava em um projeto liberal para o Brasil e trabalhou para construí-lo. Ao morrer, em 21 de abril de 1998, deixou o PFL sem um nome de peso para disputar a presidência da República em 2002. Formado em direito, discutia qualquer assunto com grande conhecimento. Defendia suas posições, sempre claríssimas, com extrema competência e seus atos transmitiam respeito e credibilidade. Apaixonado pela vida parlamentar, adorava o Congresso e Brasília. Conversava com todos os deputados, sabia ouvir, era um exímio articulador e um conciliador sempre disposto a harmonizar as opiniões divergentes. Com ele mantive uma relação fraterna. Senti sua morte prematura como se fosse a de um irmão e ainda hoje lembro-me dele com saudade e carinho.
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