Prezados colegas Deputados, estimado Deputado Inocêncio, querida família do nosso Inocêncio Oliveira, meus cumprimentos.
Queria que quem estivesse nos assistindo reparasse que este talvez seja o único Grande Expediente — que eu conheça; e estou aqui há 12 anos — em que inúmeros Deputados fizeram questão de vir aqui fazer uma menção, fazer um carinho ao Deputado Inocêncio Oliveira.
Reparem, senhores, que o nosso Inocêncio conhece cada um de nós, conhece a nossa vida. O nosso Deputado está ali, sem papel a mão, e sabe contar a história de cada um que se atreva a falar.
Então, querido Inocêncio, só isso já demonstra o quanto V.Exa. se preocupou conosco, quando foi Presidente da Câmara, como Líder partidário, como membro da Mesa Diretora. A sua tolerância quando presidia os trabalhos era até maior do que a tolerância do meu companheiro Amauri, nosso Presidente. V.Exa. foi sempre muito cuidadoso.
Eu queria relatar um fato não da minha vida parlamentar. V.Exa. sabe que fui Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e Presidente da Central Única dos Trabalhadores. Em 1994/95, nós desenvolvemos aqui um grande debate com o Congresso acerca da reforma previdenciária. Na ocasião, V.Exa. foi o nosso grande interlocutor, e gozava de grande respeito na CUT, porque, naquele período, deixou uma história de respeitabilidade. V.Exa. ajudou a construir um acordo que só não foi possível porque, lamentavelmente, o relator mudou de opinião. E nós, que viemos aqui sem conhecer a Casa — só a conhecíamos do lado de fora —, fomos recebidos com muito carinho e com muito respeito por V.Exa.
Este é o nosso Inocêncio Oliveira, que, mesmo na hora em que perde as estribeiras, não consegue deixar o ambiente ruim. Todo mundo lhe tem carinho. Tenho certeza, Presidente Inocêncio, de que ninguém tem nenhuma mágoa de V.Exa. Mesmo quando V.Exa. perdia as estribeiras, de vez em quando, mesmo assim usava de carinho, de generosidade, de seu jeito como ser humano.
Então, V.Exa. está terminando esta história bonita, e com uma coisa que é importante para o homem: termina o mandato, vai para casa, para a convivência com a sua família, mas vai continuar a batalha carregado de dignidade!
Obrigado, Presidente.
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